quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Mais cotidiano, aí.

Não, já é quarta feira e eu ainda não descobri qual o melhor caminho para ir da minha casa à minha faculdade. Suponho que eu ainda vou apanhar muito pra conseguir descobrir. Ainda preciso de um carro.

A parte boa de tudo isso é que hoje foi minha última chance de chegar atrasado. Amanhã acabam-se as palestras quase interessantes e parece que começam as aulas de verdade. Parece, eu disse.

Chega de explicações. Aposto que você veio aqui pra ler como eu se ferrei no dia de ontem e de quebra ver como eu estava errado pensando que poderia usar meu bilhete de Ponte Orca na Vila Madalena. Delicie-se.

Ontem, novamente, saí todo disposto pra chegar na USP em um horário decente. É óbvio que não consegui, não é?

A intenção inicial era pegar uma palestra sobre, acredito eu, as diferenças entre o curso de Bacharelado e o de Licenciatura mas, como o caminho "de metrô até a Vila Madalena, atravessar a ponte à pé e pegar o Circular" demorou mais do que o previsto, consegui ouvir só um pedacinho, quando o palestrante disse "então, turma, alguma pergunta?". Me sentindo totalmente perdido, resolvi não perguntar nada que ele pudesse ter explicado durante o tempo que eu ainda não tinha chegado no auditório. E achei melhor não perguntar o que ele estava achando do BBB7 e da saída da Irislene porque eu senti que uma palestra sobre os cursos de Bacharelado e Licenciatura não era o local apropriado para se perguntar qualquer coisa que não dissesse respeito a esse tema. Resumindo, fiquei lá, sentado, fingindo que ouvia, com cara de conteúdo.

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Depois dessa palestra rolou alguma coisa sobre a biblioteca e sobre como ela era boa e sobre como eu podia ter acesso ao índice do acervo pela internet e depois uma outra sobre Linux e sobre como ele é bom e sobre como o windows é um lixo. Sempre que eu ouço coisas desse tipo fico com vontade de instalar e usar Linux aqui no meu computador mas... a preguiça de aprender é demais. E quase nenhum dos meus joguinhos de windows roda no linux sem que eu faça um trabalho intelectual imensíssimo. Por isso, minha opção é windows, mesmo. E o Windows XP, porque duvido que aquele "Windows Vista, UAU!" fique estável antes da copa da África do Sul.

Enfim...

Pra voltar pra casa foi ainda pior. A palestra de Linux foi bastante longa e só saí do auditório por volta das 11 horas. Esperei um ônibus genérico, com medo de não ter nenhum passando àquela hora. Passou um para a Vila Madalena. Fui até lá, peguei metrô, cheguei em casa. À 1 da manhã. Maravilha, né?

Divago.

Hoje, a parte ruim foi não poder usar meu bilhete de ponte orca, como eu tinha feito antes. O rapaz não quis me deixar entrar porque o bilhete marcava 17:03 e eu estava entrando na fila às 18:20. Que merda. Tive que optar por outro caminho. E pagar mais uma passagem, de ônibus, desta vez. Merda.

Depois disso tudo correu mais tranquilamente. Nada realmente importante na USP, também. Palestra chata sobre Mulheres, Feminismo, Revolução e Repressão... ou quaisquer outras palavras relacionadas a isso, como Comunismo, Stalinismo, Guerra Fria, Auschwitz, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Terrorismo, Populismo, 21 de Setembro, A vinda da Família Real para o Brasil, Colonialismo, Imperialismo, Metalismo, Feudalismo, Direitos Femininos e muitas daquelas baboseiras que você, eventualmente, ouve numa aula de história e não sabe como diabos saber o que aconteceu no Século XII pode realmente ser útil para combater o preconceito ao redor do mundo.

Eu sutilmente deixei cada palavra daquele sublime evento passar tranquilamente por cada um dos meus ouvidos, sem, no entanto, deixar que meu cérebro se preocupasse com elas. Enquanto meus ouvidos ouviam tudo o que era dito ali, meu cérebro vagava alegremente pensando sobre a namorada, o novo livro do harry potter, a minha aldeia de travian, kung fu, senhor dos anéis, RPG, auto escola, handebol e diversos outros campos simples da imaginação, como dias ensolarados e cachoeiras bonitas que não vemos com frequência na Capital de São Paulo.

Depois disso voltei pra casa de acordo com o roteiro que eu planejava seguir, a princípio. PQ D. Pedro II e depois, qualquer ônibus que fosse Radial Leste afora.

Acabou.

Novamente, espero que a leitura tenha sido bacanética. :D

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Primeiro dia de aulas! Sensacional!

Então... esse texto é pra você que se sente injustiçado, depressivo, acha que a vida pega no seu pé o tempo todo e pensa com frequência sobre como deve ser boa a vida daqueles que passaram na USP neste final de ano e sobre como eles estão felizes e contentes com isso.

Eu sou uma dessas pessoas que passou na USP e... sim, estou feliz e contente com isso mas... a vida pegou no meu pé, particularmente hoje, no primeiro dia de aula.

Vou pular pra parte legal, ok?

... aí eu achei o papel onde dizia o horário das atividades programadas praquele dia (hoje) e descobri que eu estava atrasado. Eu pensei que fosse às 19 horas que os eventos fossem começar e na verdade, começariam às 18:30. A propósito, eram 17:00 quando descobri isso.

Sorte a minha que eu estava pronto. Coloquei o papel dentro da mochila e saí em disparada em direção ao ponto de ônibus mais próximo, disposto a pegar um ônibus para ir até o metrô (coisa que eu não faço corriqueiramente), afinal, eu pegaria outro ônibus, depois do metrô. Valia a pena.

Até aí, tudo bem. Chego no metrô e... meu bilhete único não estava suficientemente carregado. Ou eu pagava mais 2,30 e comprava um bilhete de metrô ou carregava o bilhete único. Pão duro como sou, peguei a fila que se extendia por alguns metros de seu último integrante até o funcionário que carrega cartões de bilhete único e aguardei pacientemente, mesmo atrasado.

...

...

Carreguei meu bilhete, corri para as catracas, pagando "apenas" 1,20 para ter acesso aos trens. Corri mais um pouquinho e fui suficientemente rápido para evitar que minha mochila ficasse presa na porta que iniciava seu processo de fechamento quando eu estava na metade da escada rolante.

...


...


Desci na República, subi as escadas tão rápido quanto alguém que nunca subiu as escadas da República às 6 da tarde poderia fazer. Só para esclarecer, às 6 horas da tarde, basicamente, toda a população de São Paulo DESCE as escadas da estação República do metrô.

Me dirigi ao ponto de ônibus mais próximo e tive a infeliz notícia que o ônibus que eu pretendia pegar [702U] infelizmente não parava naquele ponto.

Ainda assim, peguei o primeiro ônibus que subisse a consolação, pensando que poderia descer em qualquer ponto da consolação e pegar o 702U.

Ledo engano... meia hora depois o ônibus estava virando a esquina da consolação. Esse trajeto normalmente demoraria cerca de 74.23 segundos, dependendo do quão atrasado o motorista estivesse para o casamento do cachorro fashion da sua cunhada socialyte.

Retomando: passado um tempo imensurável (para mim, considerando o fato que eu estava lendo, durante todo esse tempo), finalmente chegamos à Rua da Consolação.

Desci do ônibus. Para que você, leitor, tenha um breve vislumbre da situação do trânsito na cidade de são paulo, eu peguei o ônibus "Cidade Universitária", que estava dois ônibus na frente do que eu pegara anteriormente. Ou seja: estava tudo tão parado que eu peguei o ônibus que passou antes do que eu estava antes. Espero que você tenha entendido, não vou escrever de novo.

Adivinha só!? Não era a linha que eu queria. Tudo o que eu queria era sair daquele ônibus fedorento cheio de gente suada fedendo (eu, incluso).

O ônibus estava tranquilo. No começo. Depois de 3 pontos parece que todas aquelas pessoas que estavam pegando o metrô na República mudaram de idéia e subiram a consolação correndo pra entrar no ônibus onde eu me encontrava.

Não sei quanto tempo se passou dentro daquele ônibus. Mas... eram 20 horas e eu estava perto da estação Clínicas do metrô, na Rebouças. Peguei meu informativo e vi que o último evento do dia aconteceria às 21:30. Adivinha só?! Desisti.

Não, não dava. Eu não ia chegar na USP até aquela hora. Ia chegar atrasado e ia ver pouca coisa. Resolvi me abster de dor de cabeça e rumei ao metrô clínicas, fingindo que nada havia acontecido.

Depositei R$1,50 numa das máquinas de refrigerante do metrô, apertei o botão vermelho com letras brancas que diziam claramente para qualquer um que pudece decifrar o alfabeto ocidentar "coca-cola" e tomei. Foi bom, estava gelada.

Depois de mais alguns instantes no metrô e na lotação, aqui estava eu, começando a escrever este texto.

Bah, amanhã saio daqui às 16, quando não tem trânsito na cidade. Blééééé!

Preciso de um carro.

EP maroto

A verdade verdadeira é que nunca quis ser DJ mas os caras do Fórum tiveram uma ótima idéia, fazendo EPs.

A regra de uma EP, que eu não sei exatamente o que significa, é que eu deveria fazer uma capa de 350x250px e escolher 5 canções com um tema qualquer e escolher uma ordem pra elas.

Veja você, como ficou executando o baixamento aqui (link para fazer o baixamento).

01. Ray Charles - Hit the road, Jack , Música para ser expulso de casa. E ficar displicentente raivoso por isso.

02. Green Hornet - Al Hirt , Música para sair da garagem cantando pneus loucamente.

03. Dream Theater - Lie , Música para momento máximo de fúria, quando você quer matar todos aqueles por descuido cruzarem seu caminho.

04. Antonio Banderas/Eddie Murphy - Livin' La Vida Loca , Música encontrada nas rádios latinas do novo méxico, enquanto se procura alguma coisa no rádio, depois de perceber que, na pressa de sair de casa, esqueceu seu porta cds.

05. Foo Fighters - All My Life , Música para tomar porre. Depois de ouvir música "latina" até o cu fazer bico (ou a gasolina começar a acabar), é necessário abastecer o carro. Aproveitar e descansar no boteco estalagem do lado do posto de gasolina de beira de estrada e tomar várias. Por mais pop que foo fighters seja, ainda tem distorção.

De uma forma bem geral, virou uma mistura de vários rockzinhos.

Divirta-se! xD

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Matrícula

Pra você que está sem saco para ler tudo o que eu vou escrever, acabo de ter uma idéia. Leia o segundo parágrafo e não me encha o saco falando que meu post foi grande. :D

Passei na USP, legal. Me matriculei, me pintaram, não me cortaram o cabelo e ótimo! Joguei bilhar por lá, comi no bandejão com minha carteirinha provisória e fui chamado pra treinar handebol, meu esporte predileto com o time da Física. As aulas começam dia 26 e... não, eu não faço idéia do que vou fazer tendo no currículo um Bacharelado em Física.

Agora, do começo...

Saí de casa por volta das 14h30, esperando me matricular antes da 5h. Claro que isso não aconteceu. Andei de casa até o metrô belém, como de praxe... deixando me levar pelo instinto aventureiro, peguei um ônibus: Jardim Bonfiglioli, imaginando que ele me levaria até dentro da Cidade Universitária. Ledo engano. Logo após passar a ponte depois da Rebouças descubro que o ônibus não vira onde devia ter virado e que eu, agora, devo andar umas duas quadras pra pegar o ônibus certo. Nota mental: descer na consolação e pegar o ônibus certo antes que seja tarde demais.

Chegando no ponto onde passavam diversos ônibuses para a Cidade Universitária, peguei o primeiro e... descobri que estava errado. De novo. Mas que caralho! Quem foi que disse que aquele campus devia ser tão grande!? Parei no primeiro ponto dentro da USP e esperei mais um pouco... peguei um ônibus bacana, que passa na consolação e teoricamente passaria em frente ao Instituto de Física. Não, não passou. Desci a Rua do Matão inteirinha a pé. Perdi mais um precioso tempo. Nesse momento eu já pensava em não ter tempo suficiente pra pegar a matrícula, já com medo de ter que voltar amanhã. Felizmente isso não foi necessário.

Deu tempo! Cheguei! Vou poupá-los dos detalhes burocráticos. Em alguns instantes depois de ter chegado no IF, eu estava matriculado e... sim, pintado, porém, com cabelo!

O fato de eu ter sido o último bicho a chegar me deu algumas vantagens e desvantagens. Eu não pude participar da zoeira que deve ter acontecido pela manhã, quando montes de bichos queriam fazer suas matrículas. A parte boa foi que eu me livrei de fila, de corte de cabelo e... bom, foi só. Depois estar devidamente pintado, rumei para um espaço cujo nome ainda desconheço. Fato importante: lá havia uma mesa de sinuca! :B

Resolvi tirar um pouco da tinta do meu rosto e dos meus braços. Fiquei de próximo na mesa de sinuca, joguei, ganhei o primeiro jogo e perdi o segundo. Abandonei a mesa me sentindo vitorioso! Na sequência, não sei se fui convidado ou me convidei. Fato é que fui bandejar. Comi a comida caseira da USP por 2 reais e foi interessante. Eu diria que matou minha fome. :D

Eu acho que me esqueci de alguma parte porque antes do jogo de bilhar e da bandejada, comentei com algum veterano que eu jogava handebol. Esse veterano se interessou e chamou alguém que parecia ser responsável pelo time. O responsável me convidou para ir treinar no Cepê (eu chamaria de "Clube da USP" se não tivesse sido corrigido depois de chamá-lo assim algumas vezes) às terças e quintas feiras. Me sentindo orgulhoso mais uma vez aceitei e... pronto, já posso jogar handebol de novo! xD

Acho que é isso... foram essas as minhas aventuras pelo campus da USP no dia de ontem. Ou anteontem... segunda feira. Pronto!

Espero que a leitura tenha sido agradável a todos. ^^

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Tempo relativo? Ieié!

Pensei em alguma coisa interessante hoje: será que o tempo passa com a mesma velocidade para cada uma das pessoas no mundo?

Eu não pensei tempos pequenos como, por exemplo, duas pessoas esperando o mesmo ônibus, uma delas lendo uma revista e a outra atrasada para um compromisso inadiável. É óbvio que a segunda vai pensar que o ônibus demorou muito mais pra pensar.

Meu pensamento era sobre alguma coisa um pouco maior, como sobe o quão rápido ou devagar passa a adolescência para quem namorou durante ela toda ou o ano em que aquele intercambista passou fora do seu país natal.

Acho que um bom jeito medir a velocidade com a qual nós passamos pelas situações, seria o número de histórias que podemos contar sobre determinada época. Quanto mais histórias, mais devagar passou o tempo para você.

Por exemplo: quantas histórias você é capaz de contar sobre aquela viagem para a praia só com os seus amigos/amigas? Normalmente essa pergunta é respondida com "diversas!".

Outra pergunta poderia ser: quantas histórias divertidas você pode contar sobre as suas aulas de [leia aqui a matéria que você mais detesta, na escola]? Diferentemente da questão anterior, dificilmente veremos diversas histórias por aqui.

Pode parecer que o tempo passava muito mais devagar quando você estava dentro da sala de [materia detestada]. Fato é que a impressão realmente é essa mas... olhe agora! Parece que você passou muito mais tempo viajando do que dentro da maldita aula do professor de [você já sabe o que fazer aqui], ou seja, o tempo passou mais devagar do que você imaginava, durante a viagem.

Não se lamente por ter que deixar os momentos excelentes, que pareceram ter durado tão pouco um pouquinho de lado. Daqui a algum tempo, esses momentos parecerão ter sido intermináveis se comparados com os momentos não tão bons.

A única dificuldade na história é fazer o tempo render mais... posso concluir uma coisa bastante importante, depois de ler o que escrevi. Embora óbvia, acho válida. Aí vai:

Considerando que o tempo gasto com coisas ótimas parece crescer depois de maturar, é importante fazer muitas coisas ótimas assim, quando você olhar para o seu passado e tiver montes de histórias pra contar para os seus netos (ieié!), vai perceber que aproveitou de montão o seu tempo, mesmo que ele tenha parecido passar bastante rápido, à época.